quinta-feira, 10 de setembro de 2015

[2 Ano] Atividade de Reposição da Prova Mensal

Quem não fez a prova mensal no 3º bimestre, seja por falta justificada (sem penalidade de pontos) ou falta injustificada (valendo até a metade dos pontos iniciais - 4 > 2 ), poderá fazer as atividades do capítulo 3 da Unidade 3. Como os exercícios do texto de Epicuro das páginas 166 e 167 já foram pedidos, então, devem ser feitas todas as outras atividades do capítulo (não precisa copiar pergunta - manuscrito - para ser entregue o mais breve possível).
Bom trabalho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

[2º Ano] Apresentações de Trabalho - 3º Bimestre

As apresentações ocorrerão em 3 dias, sendo: no primeiro dia, com a apresentação dos alunos de numero 1 a 12, no segundo 13 a 24, e terceiro os restantes.

Você deverá pesquisar qualquer conteúdo relacionada ao tema da felicidade .

Exemplos:

- A felicidade em uma sociedade consumista;

- Um comentário sobre um filme que aborda o assunto

- Análise da música a felicidade;

- Pequena apresentação de teatro;

- A felicidade em algum filósofo;

- A felicidade segundo a psicologia;

Etc.

Tempo de apresentação: até quatro minutos

Trabalho Individual. Porém, se quiserem fazer com mais participantes, todos deverão apresentar no dia do aluno com menor numero de chamada (caso contrário, o aluno perderá ponto por apresentar após o seu dia marcado).

domingo, 23 de agosto de 2015

Folha - Trechos sobre Desejo, Amor, Ódio e Ciúme, em Spinoza

(retirados e adaptados da Obra “Ética, demonstrada à maneira dos geômetras” de Spinoza)


Capítulo 3                                                          Proposição XII

A alma esforça-se, tanto quanto pode, por imaginar as coisas que aumentam ou facilitam a potencia de agir no corpo.

Demonstração: A alegria é o sentimento de passagem para uma potência maior de ação e de pensamento. Para tal, a alma pode considerar que um corpo esteja presente (mesmo que este não esteja) com o fim de aumentar ou facilitar a potência de agir do nosso corpo. Consequentemente, durante este tempo, a potência de pensar da alma também é aumentada ou facilitada. E, portanto, a alma se esforça o tanto quanto pode para imaginar o seu objeto desejado, isto é, fantasia essa presença para motivar a si própria.


Proposição XIII

Quando a alma imagina coisas que diminuem ou reduzem a potência de agir do corpo, esforça-se, tanto quanto pode, por se recordar de coisas que excluem a existência dela.

Demonstração: Considero o amor como a alegria que acompanha a ideia de uma causa exterior (por exemplo, a presença de alguém), e o ódio como a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior. Aquele que ama se esforça por ter presente e conservar aquilo que ama; e, ao contrário, aquele que odeia esforça-se por afastar e destruir a coisa que odeia. Daí se segue que a alma repugna imaginar coisas que diminuem ou reduzem a sua própria capacidade e a do corpo.


(...) Proposição XXXIII

Quando amamos alguém, esforçamo-nos, tanto quanto podemos, por fazer com que, por sua vez, ela nos ame também.

Demonstração: Se amamos uma coisa acima de todas as outras, quando não estamos com ela, esforçamo-nos por imaginá-la, tornando-a presente em nossa consciência como motivação. E quando a encontrarmos, tentaremos, pois, a afetar com alegria, isto é, fazê-la sentir uma alegria acompanhada de um pensamento de que somos nós (causa externa) que a deixamos assim, em outras palavras, esforçaremos para que ela também nos ame. Desta maneira, esforçando para que o amado fique conosco, supomos poder conservar a nossa alegria.

(...) Proposição XXXV

Se alguém imagina que a pessoa amada se une a outro, de forma igual ou ainda mais intensa do que faz com ela, terá um sentimento de ódio pela pessoa amada e invejará o outro.

Demonstração: Quem ama, imaginará, o tanto quanto for possível, o objeto de desejo unido a ele o mais estreitamente possível; e esse esforço ou apetite é ainda aumentado se ele imagina que outro deseja para si tal objeto. Contudo, esse esforço ou apetite será reduzido quando houver uma percepção de que a pessoa amada está junto a outro. Neste caso, será afetado por tristeza, entendendo que o objeto de desejo é a causa deste sentimento, e por inveja, em relação à outra pessoa que é amada no seu lugar, uma vez que essa terceira pessoa se deleita com o seu objeto de desejo impedindo-a de fazer o mesmo ou deixando-a com receio de que deixe de ser amado.

Esse ódio para com o objeto de desejo (a pessoa que amamos que se une a outro), junto com a inveja para com aquele que usufrui dele, se chama ciúme, o qual, por consequência, não é senão a flutuação da alma entre o amor e o ódio, acompanhado da ideia de um outro de quem se tem inveja. Além disso, esse ódio para com o objeto de desejo é maior na proporção da alegria que o ciumento sentia quando tal pessoa lhe dedicava carinho, e também na proporção do sentimento de amor que sua pessoa desejada nutre para com o novo indivíduo, com quem ela se juntou. Com efeito, só pelo fato de odiar este último, odiará também a pessoa que se ama, pois imagina-a afetando de alegria aquele que ele tanto odeia; e também porque é forçado a associar a imagem da pessoa amada com a imagem daquele que odeia e inveja.



Proposição XXXVI

Aquele que se recorda de uma coisa com que uma vez se deleitou deseja possuí-la com as mesmas circunstâncias que da primeira vez em que se deleitou com ela.

Demonstração: Quando alguém se sente alegre, é comum associar este sentimento a toda circunstância em que se deu tal alegria. Logo, desejará possuir tudo novamente, isto é, reconstituir todas as circunstâncias que a fizeram bem da primeira vez. Portanto, o desejo provém da memória de um prazer mais a interpretação de quais foram as suas causas.

Entretanto, se aquele que ama descobre que uma dessas circunstâncias falta, imaginará que a causa de sua alegria está ausente e, portanto, ficará triste. A tristeza, no que diz respeito à ausência do que amamos, chama-se desejo frustrado.


Modesto comentário do professor

Podemos concluir, a partir de uma leitura de Spinoza, que o desejo mal conduzido pode desembocar tanto no medo quanto na frustração. A frustração sempre é fruto da expectativa. E a expectativa, ou esperança, é uma alegria instável nascida de uma lembrança ou de uma fantasia sobre o futuro. Curiosamente, há uma forte similaridade entre a esperança e o medo, como podemos perceber na definição de Spinoza sobre o medo: uma tristeza instável nascida de uma lembrança ou fantasia...

Desta forma, apenas estaria exposto à ira ou ao temor aquele que, desfortunadamente, cria ideias que levam o seu próprio desejo a se perder em situações desagradáveis. Por outro lado, o filósofo, isto é, aquele que busca com afinco a sabedoria sobre si mesmo, aprende a utilizar a razão de forma a dar vida às suas paixões mais fortes e, portanto, busca sempre nutrir o desejo por aquilo que lhe faz bem, e por isso se torna cada vez mais alegre e menos receoso.


E essa via de conhecimento passa, por exemplo, pela constatação de que o amor é sempre mais vantajoso do que o ódio. Tratemos de justificar esta conclusão clichê. O amor consiste em aprender a se sentir alegre, apostando na companhia de coisas accessíveis – geralmente, quem não ama é porque se acostuma a visar situações impossíveis ou inacessíveis; enquanto que, o ódio, o desejo de promover dano a outro que interpretamos como causa de nosso sentimento de fraqueza, sempre parte de uma ideia equivocada sobre como alcançar a felicidade. Portanto, não é alguém, mas somente a ignorância que pode estagnar as nossas potências para viver, fazendo-nos ficar odiosos enquanto poderíamos ser implacáveis amantes. 

domingo, 21 de junho de 2015

[3 Ano] Folha - Atividade sobre Racionalismo e Empirismo

Leia os textos abaixo, discuta sobre as ideias com um colega e depois elabore a questão proposta:
O Empirismo
            Contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as idéias racionais são adquiridos por nós através da experiência. Antes da experiência, dizem eles, nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma “tábula rasa”, onde nada foi gravado. Somos como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, até que a experiência venha escrever na folha, gravar na tábula, dar forma à cera. Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, isto é, com as sensações. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, etc. As sensações se reúnem e formam uma percepção; ou seja, percebemos uma única coisa ou um único objeto que nos chegou por meio de várias e diferentes sensações. Assim, vejo uma cor vermelha e uma forma arredondada, aspiro um perfume adocicado, sinto a maciez e digo: “Percebo uma rosa”. A “rosa” é o resultado da reunião de várias sensações diferentes num único objeto de percepção. O empirismo moderno tem em John Locke (1632-1704) seu grande propulsor. Combate ele a teoria das idéias inatas. Admite, porém, Locke que há verdades que são por completo independentes da experiência, universalmente válidas, como as verdades da matemática, cuja validez reside no pensamento. Esta afirmação levou-o, por aceitar verdades a priori, a ser combatido por parte dos empiristas posteriores. No decorrer da história da Filosofia muitos filósofos defenderam a tese empirista, mas os mais famosos e conhecidos são os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII, chamados, por isso, de empiristas ingleses: Francis Bacon, John Locke, George Berkeley e David Hume. Na verdade, o empirismo é uma característica muito marcante da filosofia inglesa.
A primeira circunstancia que me chama a atenção é a grande semelhança entre nossas impressões e ideias em todos os pontos, exceto em seus graus de força e vividez. As ideias parecem ser de alguma forma os reflexos das impressões, de modo que todas as percepções da mente são duplas, aparecendo como impressões e como ideias. (Hume, em Investigações sobre o entendimento humano sobre os princípios da moral)
O Racionalismo
            Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Na teoria racionalista a percepção é considerada não muito confiável para o conhecimento porque depende das condições particulares de quem percebe e está propensa a ilusões, pois frequentemente a imagem percebida não corresponde à realidade do objeto. Para a concepção racionalista, o pensamento filosófico e científico deve abandonar os dados da percepção, trata-se de explicar e corrigir a percepção. Se o nosso conhecimento tivesse sua única origem na experiência, seria possível aos animais, de constituição semelhante à nossa, adquirir um conhecimento, fundar ciências e filosofias. No entanto, toda tentativa de procurar infundir-lhes nossos conhecimentos tem malogrado. E "por que um cavalo, perguntava Spencer, não poderia receber a mesma educação que um homem?". A resposta racionalista é simples: porque há, no homem, antes de toda experiência, algo que não tem o cavalo, e que distingue aquele deste, que é a razão. É importante esclarecer, no entanto, que essas diferenças, porém, não impedem que haja um elemento comum a ambas as teorias, qual seja, tomar o entendimento humano como objeto da investigação filosófica.
Disso nasce um outro interrogativo, a saber, se todas as verdades dependem da experiência, isto é, da indução e dos exemplos, ou se existem algumas que possuem ainda outro fundamento. Com efeito, se alguns acontecimentos podem ser previstos antes de qualquer experiência que tenhamos feito, é manifesto que contribuímos com algo de nosso para isso. Os sentidos, se bem que necessários para todos os nossos conhecimentos atuais, não são suficientes para dar-no-los todos, visto que eles só nos fornecem exemplos, ou seja, verdades particulares ou individuais. ( LEIBNIZ, G. Novos ensaios sobre o entendimento humano)

Exercício de elaboração de texto: com suas palavras, explique o que é o racionalismo e o empirismo. Depois argumente quais são os pontos fortes e fracos que cada um possui. 

sexta-feira, 29 de maio de 2015

[3º Ano] Sujeito e Objeto - Palestras sobre o tema

(clique nas imagens para abrir as palestras)

Nesta ótima palestra, o professor Luiz Lopez faz um breve exposição a respeito de algumas teorias da percepção, demonstrando como a subjetividade e a objetividade aparecem em cada uma.



Outra questão que ficou em aberto em nossa aula foi: qual a relação entre a nossa mente e a realidade? Nós conhecemos, de fato, a "realidade"? Isso é possível? Se quiser se aprofundar no tema, confira a palestra a seguir:


Por fim, tem esse programa argentino sobre idealismo em Descartes (para os mais "desbravadores"):




[2º Ano] Trabalho sobre os filmes - Liberdade e Determinismo

Atualização (26/06) - No decorrer do bimestre tivemos alguns imprevistos que nos fizeram simplificar o trabalho. Sendo assim, caso você tenha alguma dúvida, o trabalho agora se resume em:
I) Ter feito os textos sobre os 3 filmes (ou 2 se você é de uma turma de quinta ou sexta);
II) Não ter faltado nos dias em que conversamos sobre os filmes na sala.
Caso haja alguma dúvida me envie um email (tiago_sthiago@hotmail.com)

O trabalho valerá, no total, 10 pontos,

Os debates ocorrerão em 3 dias (dois filmes por aula/semana).

Na semana do filme do seu grupo, vocês deverão entregar um trabalho único (grampeado), com o texto de cada aluno, identificando a página feita pelo aluno com o nome do mesmo (ou seja, o trabalho é em grupo, porém cada aluno deverá escrever uma parte). ESTA ETAPA DO TRABALHO, QUE INCLUI A PARTICIPAÇÃO NO DEBATE, VALERÁ 6 PONTOS.

Na semana de apresentação de outro grupo, individualmente, você escreverá no caderno um texto sobre UM dos filmes que serão debatidos naquela semana. VALERÁ 2 PONTOS CADA UM DESSES TEXTOS, TOTALIZANDO 4 PONTOS.

(Neste momento em que escrevo, ouço um aluno do ALÉM me perguntando:
- Professooor, por que são dois textos?
- Se são 3 semanas de debate, e em uma semana você irá apresentar, logo, sobram 2 semanas, e nessas duas semanas você escreverá esses dois textos, um em cada semana!- respondo de pronto, para não alongar más interpretações.
E não contente, tal espírito intranquilo continua:
- Maaas, professooor!! Quando eu escreverei esses textos que o senhor está pedindo? Na hora da aula??
- Não, meu querido aluno - tento esclarecer novamente, com muita tranquilidade e carinho - você os fará em casa, no caderno, manuscrito, para que no início da aula, rapidamente antes do debate, eu te dê o visto e anote os seus pontos!
E dizendo isto, sinto essa alma partir de volta para o lugar de onde ela veio, ainda que com a impressão de que a mesma ainda possua um desejo reprimido de fazer um terceira pergunta...)

Continuando, sobre escrever o texto, o mesmo deve conter:

I) Uma explicação sobre como as questões sobre a liberdade e o determinismo aparecem no filme.

II) A análise filosófica de uma cena de sua escolha. Para isso você deverá ler algum dos textos abaixo e utilizá-los (isto é, relacionar cena com uma ideia, perspectiva de um filósofo) para interpretar o filme.

Bibliografia:
Filosofia: Experiência do Pensamento - Silvio Gallo (livro didático) [ Easy mode]
Apresentação da Filosofia - André Comte-Sponville [Normal]
O Existencialismo é um humanismo - Sartre [Hard]
(você também pode buscar na internet por outras fontes, porém, nunca copie(ctrv+c) pois isso é desonestidade intelectual, sujeito à perda dos pontos).


Filmes*:
(clique na capa do filme para assisti-lo)
* Os filmes de cada grupo são os mesmos do número do grupo, por exemplo, grupo 1 com filme 1, grupo 2 com filme 2, etc.

1 - Um sonho de Liberdade (Disponível também na Netflix)

2 - Minority Report (Disponível também na Netflix)


3 - Escritores da Liberdade

4 - Efeito Borboleta ( o primeiro, as continuações não são boas - Disponível também na Netflix)

5 - A Outra História Americana (Também na Netflix)
Obs: este filme contém algumas cenas de violência explicita - para você ter uma noção, nada mais grave do que, p.ex., um Tropa de Elite - mas, se você tiver problema com isto, escolha outro filme.

6 - Os agentes do Destino